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A importância do RH no desenvolvimento da liderança

Autor: Redação Impacta

As pesquisas mostram que a liderança estimula a produtividade, o engajamento e a saúde. No entanto, garantir uma liderança bem-sucedida nunca foi uma tarefa fácil. 

Atualmente, as organizações estão cientes que o mercado de trabalho impõe demandas mais significativas, e muitas vezes imprevisíveis, a seus líderes e, portanto, elas precisam de líderes que consigam atuar sob tais circunstâncias altamente desafiadoras. 

Sendo assim, a função de um Recursos Humanos é ajudar a organização a atingir suas metas, atraindo os melhores colaboradores e motivando-os a ter um excelente desempenho. Ao focar no desenvolvimento de liderança, o RH deixa de ser apenas um departamento administrativo e funcional para ser um parceiro de negócios proativo que realmente faz a diferença nas organizações.

Como o RH pode influenciar no desenvolvimento da liderança?

Para ter uma liderança de Recursos Humanos bem-sucedida, não é apenas fundamental entender os princípios básicos das melhores práticas de negócios, mas também ter proatividade e desenvolver estrategicamente sua influência sobre sua organização.

A seguir listamos cinco características essenciais que todos os líderes de recursos humanos devem ter hoje em dia. Veja!

1. Nunca parar de aprender

Aprofundar o conhecimento do campo em expansão de recursos humanos ajuda a gerenciar, apoiar e liderar melhor uma equipe. Colocar esse conhecimento em prática pode servir para incentivar o crescimento e o desenvolvimento não apenas da equipe de RH, mas também da força de trabalho em geral.

A busca do aprendizado ao longo da vida através de um diploma avançado e certificação profissional é necessária para construir e refinar seu conhecimento de RH. Líderes bem-sucedidos demonstram sede de entender os benefícios dos novos resultados de pesquisa de RH e permanecem conectados às tendências atuais na área. 

Ao incorporar o seu conhecimento de RH em sua vida diária, você pode apoiar de forma mais eficaz os objetivos estratégicos e a direção de sua organização.

2. Comunicar-se de forma eficaz

Mensagens claras e eficazes podem elevar o moral, aumentar a lealdade e até economizar dinheiro para a organização. Existem muitas oportunidades para um líder de recursos humanos, desenvolver e demonstrar suas habilidades de comunicação. Por exemplo, fortes habilidades de escrita levam a políticas e procedimentos claramente entendidos que impulsionam os resultados organizacionais. 

Da mesma forma, com excelentes habilidades de comunicação verbal, é possível ajudar sua força de trabalho a entender melhor seus papéis na geração de resultados organizacionais e motivá-los para o desempenho máximo.

3. Praticar o comportamento ético e baseado em valores

Nos ambientes de trabalho altamente competitivos de hoje, a pressão para ter sucesso pessoal e profissional é uma força poderosa. Mas é possível demonstrar seu compromisso pessoal em manter um local de trabalho ético de duas maneiras importantes. Primeiro, liderando pelo exemplo e seguindo consistentemente o código de comportamento ético da profissão de RH. 

Em segundo lugar, usando o código de comportamento ético de RH como um guia, assumindo a liderança no avanço dos valores adotados pela organização para todos os funcionários. 

Como os profissionais de RH geralmente lideram o processo de tratamento justo e equitativo de todos os membros da organização, fica em uma posição única para ajudar a construir uma comunidade de funcionários que desejarão internalizar e demonstrar os valores e comportamentos éticos de sua organização.

Leia também: Como os Gráficos de Conhecimento vão transformar a gestão de dados nos negócios

4. Pensar estrategicamente e agir de acordo

É tentador para os profissionais de RH concentrar seus esforços na construção de uma função mais produtiva dentro de suas organizações. Na superfície, essa concentração parece fazer sentido. 

Hoje, no entanto, os CEOs esperam que os profissionais demonstrem mais do que apenas experiência em RH. Esperam que seus profissionais sejam parceiros-chave que ajudem a impulsionar as estratégias gerais de negócios de sua organização. 

Para fazer isso, os profissionais precisam pensar estrategicamente, conectando uma função de RH robusta com um conhecimento profundo dos principais problemas e aspirações de negócios de sua organização.

5. Cuidar das suas métricas

Os profissionais de RH há muito tempo reconhecem o valor de desenvolver práticas excepcionais que atraem, alavancam e retêm os melhores funcionários para suas organizações. 

Determinar o valor dessas práticas no resultado da organização exige que os profissionais de RH consigam entender e usar métricas e estatísticas de negócios importantes. Desde determinar as taxas de rotatividade de funcionários até preparar uma análise de custo/benefício para oferecer um programa de bem-estar e calcular o retorno do investimento (ROI) de um programa de sugestões de funcionários, as métricas são importantes!

E ainda falando sobre RH e liderança, não podemos deixar de destacar a presença da Faculdade Impacta na 48ª edição do CONARH que aconteceu nos dias 18, 19 e 20 de Abril. O evento é um dos maiores do Brasil e foi promovido pela ABRH-Brasil com o tema “Pessoas, Gestão e Negócios – É hora de acolher e ampliar horizontes.”. A proposta foi compartilhar inovações e provocar reflexões sobre os assuntos mais atuais da área de gestão e desenvolvimento humano no mundo corporativo.

Veja um pouco das palestras que rolaram!

Dia 1 (18/04)

Priorizar a satisfação dos colaboradores está transformando as empresas (Marcelo Ramos | Swile)

Em uma das primeiras palestras do CONARH 2022, o Senior VP LATAM na Swile, Marcelo Ramos, aborda um dos assuntos mais importantes da agenda de RH: o engajamento dos colaboradores e suas consequências. O executivo propõe uma reflexão sobre a satisfação das pessoas, que deve ser responsabilidade da empresa.

Pense como um futurista: como transformar tendências em resultados tangíveis (Elatia Abate)

A futurista foi a palestrante da primeira aula magna do dia e explicou sobre as mudanças e quebras de paradigmas que o mundo está passando, focando em 3 pontos: deixamos de falar “ou” e passamos a focar no “e”, saímos da escassez/centralizado para um cenário de abundância/democratizado e, por fim, saímos do linear e vamos para o exponencial.

Como potencializar a experiência do colaborador? Do preboarding ao offboarding (Danila Ferreira, Coca-Cola | Genesson Honorato, OLX Brasil)

Os palestrantes falaram sobre a importância do employer branding focado nas pessoas e não apenas no marketing externo. Como métrica a ser acompanhada, Genesson cita o Employee Lifetime Value, que representa o valor líquido total ao longo do tempo que um funcionário traz para uma organização. E como criar esse ciclo do colaborador? Refletindo qual é o tipo de funcionário e cliente que a empresa quer.

ESG: liderança com propósito para transformar o mundo (Maitê Leite, Santander | Marcelo Araújo, Ultrapar | Ruben Fernandes, Anglo American)

Os executivos foram categóricos: ESG passou a ser o centro da estratégia organizacional e precisa estar ligada ao propósito da empresa. Organizações precisam “buscar o melhor para a sociedade”.

“Essa sopinha de letrinha está cheia de desafios. Os maiores estão no S”, afirmou Araújo.

A COO do Santander enxerga o ESG como diferencial na atração e retenção de talentos e explica que as empresas (e lideranças) que querem lidar com a agenda precisam “se aproximar das realidades que querem transformar”. 

Novos modelos de organização do trabalho (Amy Kates | Accenture)

A profissional afirmou que todas as estratégias de crescimento criam tensão na organização. E o RH designa a tomada de decisão para as áreas que possuem essa alta tensão.

Amy compartilhou 5 dicas para o sucesso:

  1. Trabalhe com o negócio, não para ele
  2. …Mas a tomada de decisão é do líder sênior
  3. Não pule o diagnóstico
  4. Programa de governança claro e coordenado
  5. Tudo é uma intervenção

Empresas Humanizadas – Como transformar as empresas com ênfase no humano (Pedro Paro | Humanizadas, Mafoane Odara | Meta e Estevan Sartoreli | Dengo Chocolate)

Você sabia que 61% dos stakeholders das empresas são millennium e geração Z? Para a líder na Meta, a individualidade importa muito e que, para empresas humanizadas, é preciso reaprender a aprender. Além disso, ela fala da tecnologia, que deve ser meio de construir relações, não fim.

Os palestrantes também falaram sobre a diferença entre empatia e compreensão (sentimento e ação), como vivemos a era do significado: “Nunca se falou tanto em propósito porque nunca se faltou tanto propósito na vida”.

Dia 2 (19/04)

Cultura e experiência do colaborador: Como o foco em pessoas e inovação pode impulsionar a cultura e performance nas empresas (Karen Fletcher e Lucas Fernandes | Caju)

No segundo dia de Dialog no CONARH, os representantes da Caju falaram sobre o aumento da relevância de EVP e Employer Branding, que tem o potencial de tornar a empresa única. 

Além disso, eles afirmam: a área de Pessoas e a liderança tem papel crítico para alavancar experiências. Como exemplo prático, citaram a comunicação, que resulta em mais velocidade e menos perdas.

Propósito e valor percebido nunca foram tão conectados. A visão é o fator que realmente motiva as pessoas.

Grandes Mudanças: Ampliando Horizontes na Capacitação e Gestão de Pessoas (Scott Cawood | World at Work)

O primeiro palestrante do auditório principal, Scott Cawood (CEO da World at Work) deixou insights valiosos para os profissionais de RH, como:

  • O impacto da inteligência artificial na força de trabalho será poderosa: a pandemia acelerou mudanças, mas a sociedade sempre encontrou um jeito de absorver os pontos positivos e enfrentar desafios;
  • Desde 2017, 40% de novas habilidades surgiram nas descrições de vagas;
  • Até 2050, 50% da força de trabalho precisará passar por requalificação.

Liderança, Diversidade Cognitiva e Alfabetização do Futuro (Grazi Mendes, ThoughtWorks | Denis Chamas, Nestlé)

A diversidade foi pauta principal no painel. Mendes explicou que muitas empresas falam que promovem palestras sobre o tema, mas que nada muda, porque não é suficiente, é preciso incluir o assunto na estratégia organizacional.

O gerente da Nestlé explicou que é necessário “ter fome” de trazer a diversidade pra empresa e que, para planejar o futuro, é preciso ter plena consciência do que acontece no presente.

Upskilling, Reeskilling e Lifelong learning (Lisiane Lemos, Google | Luciano Rodrigues, Thales)

Você sabe a diferença dos termos? A gerente do Google faz uma analogia com peças que se encaixam: upskilling é a construção do prédio com essas peças, o reeskilling é incluir peças diferentes, ampliando seu mundo de peças e o lifelong learning é o universo com todas as peças usadas ao longo da vida.

Sobre como criar uma cultura de aprendizagem, os convidados afirmaram que não há receita pronta, mas compartilharam pontos de atenção/dicas:

  1. a forma que a aprendizagem antes da pandemia era diferente do agora;
  2. colaboradores tem diferentes formas de aprender e empresa precisa entender isso;
  3. as diferentes formas de comunicar e unir as várias formas de aprendizado;
  4. incluir a liderança, usá-los como influenciadores.
  5. pegar partes de reuniões para usar para pílulas de aprendizado.

O impacto da liderança e o mundo BANI (Jamais Cascio)

O conceito VUCA já ficou para trás. Agora, o mundo é BANI: Brittle (frágil), anxious (ansioso), nonlinear (não linear) e incomprehensible (incompreensível). E como lidar com ele? Segundo o escritor: com resiliência, empatia, com improvisação e na intuição.

O Caminho para uma Cultura de Felicidade e Sucesso (Carla Furtado, Instituto Feliciência | Ricardo Costa, Grupo Bernardo da Costa)

A executiva afirma: o bem-estar do colaborador deve ser encarado como função e valor estratégico das organizações. Pensando na agenda ESG, o cuidado com saúde mental está (ou deveria estar) na mesa de tomadas de decisão. Para justificar isso, Furtado compartilhou dados assustadores:

  • O custo com distúrbios mentais podem pular de 2 para 6 trilhões de dólares entre 2010 e 2030;
  • Quase 30% do valor pago pelo INSS é devido à depressão.
  • Para a OMS, em 2030, o estresse com o trabalho será a principal causa da depressão.

Quando empresas querem tratar do tema de saúde mental: “É preciso ir além do menu do autocuidado, é preciso olhar para cultura e liderança”, afirmou Carla. E como fazer isso? Ouvindo as pessoas e trabalhando no engajamento.

Liderança Humanizada como alicerce para times de alta performance: amplie sua visão sob o capital humano e gere mais resultados (Paulo Avarenga | Mastersoul)

Na reta final do segundo dia de Dialog no CONARH, a liderança foi protagonista. Segundo a HBR, 75% dos funcionários afirmaram que a liderança constitui a pior parte do seu trabalho e 65% aceitariam um salário menor se seu superior fosse substituído. O CEO da Mastersoul deu a palavra: a liderança precisa de agilidade emocional. Para ele, a cultura organizacional é resultado dos comportamentos dos líderes do presente e do passado.

Dia 3 (20/04)

Diversidade e o impacto nos negócios (Ana Fontes | Rede Mulher Empreendedora)

No início do terceiro dia da Dialog no CONARH, a fundadora falou sobre a diversidade e o cenário atual, que ainda está longe do ideal. Focando em gênero, a executiva compartilhou dados alarmantes, como:

  • 25% dos cargos de liderança no Brasil são ocupados por mulheres
  • A média da presença de mulheres nos conselhos brasileiros é de apenas 9,4%

Ela ainda fala sobre como a meritocracia só é possível quando todos partem do mesmo ponto, caso contrário, é privilégio. Sobre os negócios, hoje metade das PMEs no Brasil são lideradas por mulheres. Para Fontes, diversidade é uma jornada sendo preciso promover mudança de cultura e engajamento da alta liderança.

RH Ágil (Ana Spieker | TOTVS)

A profissional compartilhou 6 princípios do manifesto ágil na área de RH: engajamento, adaptabilidade, autonomia, motivação, confiança e diversidade. 

Comunicação com transparência (Rafael Godoi | OiTchau)

Você sabe qual a diferença entre informação e comunicação? A primeira não precisa do feedback, do retorno do receptor. Seguindo essa linha, comunicar com transparência gera produtividade.

Quem é seu RH na transformação digital nas empresas? (João Altman | VR)

O representante da VR ressaltou a importância da transformação cultural no processo, como a mudança de mentalidade é necessária (e que a inovação é resultado natural). Como etapas/pilares dessa transformação, João cita consultoria, trilha de aprendizados, agilistas, dashboard, comunicação & pesquisas.

O Brasil do Futuro: Perspectivas e Desafios com Pessoas (Celso Niskier, Fabio Barbosa, Marcus Vinícius Simões de Freire e Wanda Engel)

Na última palestra do CONARH 2022, o futuro foi protagonista. Pela perspectiva social, Wanda Engel compartilha o que pode ser feito pelo Brasil do futuro:

  • Expansão de programas voltados a oportunidades de inclusão para jovens de ensino médio;
  • Mudança na forma de recrutamento (parcerias com escolas e ONGs
  • Programas de treinamento
  • Criação de programa de mentoria

Já o empresário Marcus Vinícius Simões falou sobre os criadores de conteúdo e como todos já são publishers. Ele ainda falou sobre tendências que já são realidade, como apps, trabalho não presencial, fintech etc. Como provocações aos RHs, Simões descreve as novas gerações e profissões como:

  1. não exclusivos ou vários contratantes
  2. tem startup ou projeto em paralelo
  3. os que sobrem na empresa querem equity, participação nas empresa: querem trabalhar COM você, não PARA.
  4. veloz, com crescimento rápido e idade média baixa
  5. educação: informal e responsabilidade do mercado
  6. nômades digitais (home office e salários em diferentes moedas)

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