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Qual é a importância da teoria das cores para o Design?

Diversos estudiosos, como Da Vinci, dedicaram-se à investigação de seus efeitos, contribuindo para formar a teoria das cores. Entenda tudo sobre ela (...)

Autor: Redação Impacta

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Já pensou se as cores fossem resumidas a preto, cinza e branco? Quem gosta de filmes ou fotografias em preto e branco pode ficar imaginando qual poderia ser a cor do figurino, da paisagem ou de um objeto marcante no cenário. Isso revela a importância que a teoria das cores tem em diversas coisas que nos cercam.
Aliás, a cor é um assunto primordial no universo dos profissionais de diversas áreas ligadas à criatividade, como designers. Mas, afinal, qual é a influência das cores em nossas vidas? Por que atribuímos tantos simbolismos a elas e somos afetados de maneiras diferentes por cada tonalidade? Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

Como surgiu a teoria das cores?

Inicialmente, podemos conceituar a teoria das cores como um fenômeno físico originário da dispersão da luz branca em diferentes faixas que vibram os tons cromáticos. Complicado? Falando de outra maneira, se não fosse a luz, não haveria cor. Contudo, de onde surgiu a formulação dessa teoria?
Diversos estudiosos dedicaram-se à investigação do fenômeno, mas Leonardo da Vinci foi o primeiro a constituir uma teoria elaborada — que foi encontrada nos seus manuscritos, em meio a inúmeros elementos que formaram um sólido conjunto de matérias teóricas sobre a cor.
A partir disso, foi revelado que o branco não é exatamente uma cor, e sim um composto de todas as cores, assim como o preto é ausência de luz e, portanto, tecnicamente, também não é uma cor.
Com o aprofundamento dos estudos, a física passou a integrar o campo dessa ciência. Assim, Isaac Newton associou o Sol com a existência das cores ao dissociar a luz solar e revelar o arco-íris através de um prisma. Nesse ponto, surgiu o primeiro esboço mais concreto do que viria a ser conhecido propriamente como teoria das cores.
Goethe também se ocupou da constituição de um sistema, mas, tanto ele quanto Newton, se concentraram mais na questão da formação dos grupos cromáticos. Foi Chevreul, mais recentemente, quem compôs um eixo vertical indicando a saturação e o brilho das cores.

Otto Runge construiu um sistema esférico a fim de encontrar e descrever harmonias cromáticas. Ele funciona da seguinte maneira: as cores primárias e suas misturas, que resultam nas secundárias, ficam dispostas no equador da esfera e, à medida que se aproximam do centro, assumem um tom cinza médio.

Dessa forma, conforme se aproximam do polo inferior, tornam-se cada vez mais escuras, até atingir o preto. Em direção ao polo superior, as tonalidades vão clareando até chegar ao branco.

Esses sistemas pretendem racionalizar e organizar o estudo das cores com a finalidade de conceber uma teoria consistente, porém, a harmonia proposta inicialmente não é tão objetiva quanto se pretendia.
Atualmente, com estudos mais aprofundados no ramo da física denominado ótica, concluiu-se que a cor é um fenômeno subjetivo. Sua constituição é organizada por ondas eletromagnéticas em uma faixa de frequência de espectro visível limitado ao alcance da sensibilidade do olho humano. Os animais enxergam cores com uma diversidade de tons e uma extensão diferente da nossa, variando de uma espécie a outra. Além disso, os estudos já se estenderam para o plano da psicologia, no qual se faz uma estreita associação entre as cores e o emocional.

Quais são os efeitos psicológicos das cores?

A influência da cor no comportamento humano já não é uma novidade. Hoje, existe até um tratamento de saúde com base em suas aplicações: a cromoterapia.
Segundo essa ciência, cores quentes como o vermelho brilhante podem estimular o sistema nervoso simpático, resultando em aumento do ritmo cardíaco e outras reações como: despertar o apetite, elevar a disposição física etc. Por outro lado, cores frias e suaves como o azul, verde claro e lilás são relaxantes e ajudam a acalmar.
As experiências feitas com base no entendimento sobre a influência da cor no comportamento das pessoas mostrou que é possível interferir na memorização, reconhecimento e recordação — isso porque nosso cérebro é diretamente afetado.
Na área de Design, o emprego desse conhecimento é parte importante dos projetos e, portanto, costuma receber atenção especial. Uma pesquisadora e UX Designer da Universidade da Califórnia, Ashley Karr, publicou um estudo muito interessante sobre esse assunto e ressaltou como o uso correto das cores pode melhorar ainda mais a experiência do usuário em projetos de design.

Qual é a importância da teoria das cores para o Design?

O emprego da teoria das cores em Design faz toda a diferença nos resultados, inclusive em termos de valorização do produto. Nos projetos interativos, a cor é capaz de sugerir categorias e dar identidade a partes de informação, o que permite a criação de um design claro, mais fácil de assimilar, de aprender e de navegar (no caso dos projetos digitais).
As pessoas já estão compreendendo que a escolha de determinadas tonalidades nos materiais gráficos e produtos têm uma função específica, não se limitando ao uso aleatório nem às preferências pessoais.
Por isso, muitos designers e artistas estudam a fundo essa teoria sabendo que o impacto visual é predominantemente instigado pela cor, o que influencia diretamente na escolha de um item ou na compreensão de alguma mensagem.
A cor transmite significado, provoca emoções e sensações que são ativadas em áreas específicas do cérebro, estimulando as emoções. Isso fortalece a ideia de que a sua aplicação tem extrema relevância e, por isso, deve ser respeitada durante a elaboração de qualquer veículo de comunicação. Estar atento a esse detalhe é garantia de eficiência no resultado daquilo que se pretende comunicar.
Sabendo disso, é fundamental usar a paleta certa para o produto adequado, uma vez que a cor acrescenta uma dimensão a mais a toda informação. Elas podem sugerir mensagens subliminares, despertando sentimentos e envolvendo o usuário.
Quando o assunto é desenvolvimento de sites, as cores também orientam e diferenciam, podendo facilitar ou dificultar o acesso a algum dado. Aqui, a escolha correta das cores pode ajudar a fechar negócios, além de aumentar as taxas de conversão. Por meio delas, é possível equilibrar legibilidade e contraste, ajudando a promover uma leitura clara, que conduza o usuário até o que deseja.
Ao desenvolver uma marca, o trabalho do logotipo e da identidade visual deve ser ainda mais cauteloso na escolha da paleta. Esse tipo de projeto tem a grande responsabilidade de levar ao público de interesse os valores que norteiam a marca. Assim, quanto mais transparente e objetiva for a mensagem, mais bem-sucedido será o resultado em termos de comunicação.
Agora você já conhece o básico sobre a teoria das cores, como ela se relaciona com as emoções e sua importância para o Design. Interessante, não é? Assim, fica mais simples encontrar as paletas adequadas a cada projeto e usá-las estrategicamente.
Se você tem interesse em saber mais sobre temas da área, confira o nosso post sobre as tendências de Design para 2019 e explore ao máximo o que esse ano promete!

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