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Como aplicar a psicologia das cores no Design?

Conhecer a psicologia das cores é fundamental para designers criarem elementos e layouts que gerem as emoções adequadas aos objetivos e públicos. Entenda!(...)

Autor: Redação Impacta

Como explicar que uma sala pintada de laranja em um escritório é capaz de estimular a criatividade dos colaboradores? E por que dizem que o azul tende a trazer tranquilidade para um ambiente? A psicologia das cores é o ramo da ciência que busca explicar tudo isso.
As cores, os tons e as combinações entre eles são capazes de despertar emoções e sensações nas pessoas. Por isso, na hora de escolher o esquema de cores para a sua identidade visual, o anúncio do seu novo produto ou a ambientação da sua loja, você deve considerar a influência que exercem no comportamento dos consumidores.
Agora, então, vamos falar sobre o que é a psicologia das cores e como ela pode ser usada nos seus projetos de arte e design para causar o efeito que você deseja. Siga conosco:

O que é a psicologia das cores?

A psicologia é a ciência do comportamento humano. Mas o que tem a ver com as cores? É simples: as cores despertam diferentes emoções, percepções e sensações que compõem os nossos comportamentos.
Portanto, a psicologia das cores busca entender como o cérebro humano as reconhece e interpreta e, assim, desencadeia processos mentais. Essa ideia foi desenvolvida pelo alemão Johann Wolfgang von Goethe, que criou a Teoria das Cores, em livro publicado em 1810.

Segundo ele, as cores não são um fenômeno puramente físico (conforme defendia Isaac Newton). São também moldadas pelas nossas percepções, ou seja, pela maneira como o nosso cérebro e os mecanismos da visão processam a informação da cor.

O significado das cores

Dessa forma, podemos entender que a percepção das cores pode variar para cada indivíduo, certo? Apesar disso, existem alguns significados culturalmente construídos que são comuns para todas as pessoas.
Por exemplo, o vermelho, por ser a cor do sangue, sempre foi associado ao coração e, por isso, à paixão. Não é por acaso que essa é sempre a cor escolhida pelas marcas para a comunicação no Dia dos Namorados.
Veja agora os principais significados das cores, dentro da nossa cultura:

  • vermelho: paixão, força, sensualidade, perigo (remete ao fogo);
  • laranja: movimento, criatividade, otimismo, juventude;
  • amarelo: energia, alegria, humor (remete ao sol);
  • verde: equilíbrio, saúde, esperança (remete à natureza);
  • azul: tranquilidade, calma, honestidade (remete à água);
  • roxo: intuição, melancolia;
  • rosa: feminilidade, romantismo, inocência;
  • marrom: estabilidade, solidez, materialismo (remete à terra);
  • cinza: tédio, velhice, respeito;
  • preto: poder, sofisticação, elegância, maldade, morte;
  • branco: pureza, limpeza, paz, respeito.

Vale lembrar: a combinação entre as cores pode mudar todos esses significados. Se você misturar verde e amarelo, por exemplo, a primeira sensação que você vai causar é de brasilidade, caso esteja lidando com um público brasileiro.
O mesmo acontece com os tons escolhidos para o design: embora sejam associados à feminilidade, um rosa clarinho (geralmente usado por bebês) desperta uma sensação bem diferente de um rosa gritante (mais usado por adolescentes).
Portanto, a psicologia das cores não passa somente pelo significado delas de forma independente — é preciso também avaliar as variações, os contrastes e a harmonia entre elas.

Por que é importante conhecer a influência das cores no design?

A psicologia das cores pode ser aplicada em diferentes áreas. Nas UTIs dos hospitais, por exemplo, a harmonia das cores é relevante para amenizar, tanto consciente quanto inconscientemente, o estresse dos pacientes e dos profissionais que ali trabalham.
Com esse exemplo, você já percebe a importância das cores para o estado emocional e psicológico das pessoas. Portanto, em um projeto de design, em qualquer uma das suas áreas (gráficoweb design, de produto, de interiores etc.), também afetam o comportamento dos consumidores.
A escolha das cores não é só uma decisão funcional (por exemplo, usar o contraste entre preto e branco para melhorar a legibilidade). Você deve pensar, principalmente, em quais sensações quer provocar no seu público e quais percepções você quer despertar sobre o seu design.
Tranquilidade? Agitação? Segurança? Afeto? Paixão? Essa definição vai depender de alguns fatores que você deve levar em conta:

  • os objetivos da comunicação: esse é o principal norteador para decidir quais sensações e percepções você deseja transmitir, antes mesmo da escolha das cores;
  • o perfil do público-alvo do seu projeto: não adianta, por exemplo, usar cores chamativas e combinações estimulantes se o seu público deseja algo conservador;
  • a relação das cores com o material: o efeito de uma cor pode ser diferente em uma parede ou em um cartão de visitas;
  • o contexto em que o público está inserido: as cores ganham diferentes significados em diferentes culturas e contextos — por exemplo, o vermelho pode transmitir paixão em um ambiente romântico ou perigo em uma situação de emergência.

Portanto, as escolhas cromáticas passam por esses diversos fatores. Com base neles, você consegue tomar decisões mais acertadas para os seus projetos de design, que influenciam na percepção sobre a sua marca.
Por que isso acontece? Por meio das cores, os consumidores percebem a personalidade de uma marca. Elas revelam seus principais valores — como segurança, solidez, alegria — e é com eles que as pessoas se identificam. Portanto, a psicologia das cores é uma ferramenta de branding.
Dessa forma, também influencia na decisão de compra dos clientes. Antes de escolher pelo preço ou benefícios de um produto, o consumidor faz uma escolha inconsciente e emocional sobre as marcas, de acordo com as sensações e percepções que elas despertam. E já vimos neste artigo como as cores são capazes de fazer isso, certo?
Além disso, sustentar o seu projeto de design em uma teoria traz mais credibilidade e coerência ao seu trabalho. Afinal, as suas decisões estão embasadas em preceitos reconhecidos e consolidados do design.
Esse embasamento na psicologia das cores pode ser capaz de convencer até aqueles clientes mais difíceis, que passam a compreender por que você fez determinadas escolhas.
Entendeu como a psicologia das cores funciona e como é importante para os seus projetos de design? Não basta escolher as cores só porque agradam aos seus olhos. Antes disso, você precisa olhar para os seus objetivos e o público com quem você quer se comunicar.
Agora, para ajudar você nos seus projetos, leia o nosso guia com os melhores recursos para web design. Confira agora!

 

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