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Inteligência de Negócios na Era Digital: Tendências e Estratégias!

A Inteligência de Negócios possibilita diversas possibilidades para que as empresas consigam uma boa estruturação e, além disso, ela amplia a gama (...)

Autor: Gabriella Uota

Uma boa gestão empresarial passa por uma sólida estratégia de Inteligência de Negócios. Mais do que uma tendência, esse é um reflexo claro da Indústria 4.0 e da transformação digital.
O uso de dados como ferramenta para a tomada de decisão estratégica potencializa as possibilidades de sucesso de uma companhia, contribui para a gestão de crises e pode auxiliar na criação de processos cada vez mais redondos.
Mas a Inteligência de Negócios não apenas abre um novo leque de possibilidades para as formas de uma empresa estruturar a sua gestão – além de serviços ou ofertas.
Ela também amplia a gama de atuação para profissionais que estão dentro do campo da Tecnologia da Informação (TI). Aliás, quem quer seguir uma carreira em tecnologia pode se especializar em Business Intelligence (BI) para alcançar o sucesso. 
Pensando em todas as possibilidades relacionadas com o mercado de BI, preparamos este conteúdo. Vamos apresentar informações relevantes sobre o conceito de Inteligência de Negócios, sua aplicação, além das tendências do segmento – e o que você precisa fazer para se destacar como profissional. 

   Os impactos da era digital no mercado corporativo

Até pouco tempo atrás, muito se temia que a tecnologia seria aplicada no mercado de trabalho por meio da substituição completa do homem por máquinas e aparatos digitais. No entanto, o futuro chegou e a era digital impacta o mundo corporativo de uma maneira mais sutil, ainda que determinante. 
Indo além do conceito de Business Intelligence, as novas tecnologias afetaram completamente o jeito de fazer negócios – e também os modos de viver (do transporte ao lazer).
Para isso, podemos pensar nas formas que foram criados serviços de streaming, como é o caso da Netflix. A plataforma conta com quase 140 milhões de assinantes em 190 países e vem desafiando os concorrentes a se reinventarem.
O mesmo tipo de efeito da era digital pode ser visto em empresas como Uber e Nubank. As companhias vêm explorando todo o potencial da inovação disruptiva para aplicar as possibilidades do campo da tecnologia e transformar hábitos de consumo.
Com isso, o que se tem é um mercado corporativo muito mais arrojado e aberto ao novo. Não existem regras fixas para os modos de fazer negócio. Em vez disso, ganha quem tem maior potencial para inovação.
Mas dentro disso, também entra a transformação digital. Ela já se consolidou como muito mais do que uma tendência e é, hoje, um dos pilares para que uma empresa se mantenha competitiva.

   Transformação digital: de tendência a algo primordial 

O uso da tecnologia como ferramenta para aprimoramento de desempenho e entrega de resultados é chamado de transformação digital. Uma pesquisa Business Impact Insights destaca que oito entre dez executivos encaram-na como algo que apresenta um impacto direto no seu mercado de atuação. Além disso, 84% entendem que estão preparados para tais mudanças.
A automatização de processos, a análise de dados e até mesmo a aplicação de robôs para a realização de tarefas extremamente repetitivas – ou perigosas – vem trazendo inúmeros benefícios para a segurança do trabalho e a eficiência de negócio. 
Em um momento no qual as gerações Y, X e Z coexistem no mercado de trabalho, é a transformação digital que pode reunir inúmeras evoluções e tirar proveito do conhecimento de profissionais com perfis de atuação tão distintos – ainda que complementares. 
Entre alguns dos pontos possíveis com a transformação digital, estão: 

  • o aprimoramento da comunicação interna em uma empresa;
  • uma melhor interação com os clientes, por meio de plataformas digitais;
  • a tomada de decisão estratégica, baseada em dados;
  • integração de setores e áreas, superando barreiras físicas;
  • análise de riscos e avaliação de processos;
  • o aprendizado da máquina.

Tudo isso nos leva a um mesmo assunto: a Inteligência de Negócios. Ela está diretamente relacionada com a Indústria 4.0 e a transformação digital. De forma prática, é ela que pode fazer com que avanços tecnológicos tragam reais resultados para empresas e equipes.

   A vez da inteligência de negócios

Inteligência de Negócios são tecnologias, aplicativos, práticas, sistemas e integrações que possibilitam uma tomada de decisão mais estratégica por meio de análises e processos.
Em outras palavras, as ferramentas e as soluções de Business Intelligence contribuem para um olhar apurado sobre dados históricos de uma companhia, além de seus sistemas de operações –  o que permite uma gestão de negócios muito mais eficiente. 
Toda estrutura de BI engloba uma série de práticas que estão diretamente relacionadas com a transformação digital e com inteligência mercadológica. Mas erra quem pensa que a Inteligência de Negócios é um conceito novo. De fato, há mais de 40 anos a abordagem vem evoluindo e se consolidando como algo que ajuda empresas a construírem uma visão muito mais ampla de seu negócio. 

   Quais as possibilidades da inteligência em negócios?

Existem vários benefícios que explicam as razões pelas quais as empresas passem de uma tomada de decisão intuitiva para uma escolha muito mais estruturada, com a ajuda da inteligência em negócios. Entre as vantagens estão: 

  • identificação antecipada de problemas;
  • compreensão de falhas nos processos;
  • acompanhamento de tendências;
  • comparação de prazos e processos;
  • aceleração da tomada de decisão;
  • direcionamento novas receitas.

Sendo assim, a Inteligência de Negócios faz com que as empresas utilizem uma abordagem muito mais analítica. Por isso, é uma questão que possibilita um forte desenvolvimento de carreira para aqueles que têm interesse no mercado da inovação e da tecnologia. 

   Como a inteligência de negócios é aplicada na prática?

Para mostrar como a Inteligência de Negócios pode ser aplicada na prática, apresentaremos alguns exemplos que mostram a análise de dados e a construção de cenários para o desenvolvimento de um negócio.

  • Vendas impulsionadas na Under Armour

A Under Armour, companhia de produtivos esportivos, entre acessórios e itens de vestuário, investiu na plataforma de serviços cognitivos IBM Watson para oferecer aos seus clientes serviços customizados de acompanhamento da saúde em tempo real.
A solução 100% digital – e um exemplo claro da inteligência em negócios – contribui para treinos físicos mais produtivos e também para uma rotina de vida mais saudável. 
Com a análise dos dados coletados por meio da plataforma IBM Watson, a Under Armour consegue indicar novos gadgets que podem ser adicionados à rotina de treino ou mesmo acessórios (como fones de ouvido).
Na prática, a empresa conseguiu aumentar significativamente as suas vendas de gadgets fitness – 51% em US$80 milhões. Números que impressionam qualquer profissional da área de sistemas de informação, não é mesmo?

  • Transparência na Coca-Cola 

Há uma década, a Coca Cola iniciou o processo de utilizar informações de vendas para melhorar o relacionamento da empresa com seus clientes. Já naquele momento, em 2009, foi utilizada uma plataforma de BI para acompanhar o fluxo de vendas nas lojas onde os consumidores adquiriam os produtos da marca.
Com a análise de dados, a abordagem de acompanhamento de vendas e fluxos otimizou os processos e melhorou a produtividade. Com o uso de tais informações obtidas por meio de um Data Warehouse centralizado, foi possível ter uma compreensão avançada da saúde de cada cliente. 
Com os exemplos acima apresentados, foi possível entender duas formas nas quais BI pode impactar uma empresa. Ainda que sejam a representação de momentos históricos completamente diferentes, eles trazem um pouco de todo o leque de possibilidades que existe na inteligência de negócios.
Nos dias atuais, com processos muito mais robustos e tecnologias significativamente mais avançadas, existem diversos segmentos a serem explorados. Para ter uma visão ampla, é importante entender como se aplica a transformação digital.
A seguir, abordaremos o universo tão importante da transformação digital, com as tendências da 4ª Revolução Industrial que precisam ser conhecidas por todo e qualquer profissional de tecnologia. Confira: 

  • Tendências em tempos de transformação digital

Como já explicamos, existe uma conexão direta entre inteligência de negócios e transformação digital. Mas as razões para tal são explicadas pelo contexto tecnológico que é vivenciado nos dias atuais – seja por empresas ou pessoas. 
Existem no mundo 7 bilhões de dispositivos móveis em uso, além de 11 bilhões de gadgets e aparelhos conectados à internet. Outro dado surpreendente é o de que 2,5 quintilhões de bytes são gerados a cada dia. Dessa forma, há um enorme volume de informação disponível para ser analisado – e com potencial para gerar melhorias de processos.
Para explorar essas possibilidades, foram estruturadas algumas tendências que vêm se materializando como o caminho a ser seguido pelas empresas que desejam evoluir na era da indústria 4.0. 
São soluções, tecnologias e caminhos da transformação digital que impactam diretamente as formas de aplicação da inteligência de negócios em uma empresa e que estão ligadas a muitos dos avanços tecnológicos.

  • Cloud Computing

A computação em nuvem – ou Cloud Computing – é um tipo de serviço que faz a entrega de soluções por meio do acesso à internet. Com isso, é possível acessar todos os recursos de forma remota, por meio do compartilhamento de dados. 
É o que acontece, por exemplo, em diversos serviços de streaming – como Netflix, Spotify ou mesmo no iCloud. Dados, músicas, filmes, fotos, entre outros, são armazenados digitalmente. Nesse cenário, acessórios como pen-drives e CDs passaram a ser obsoletos.
Como ferramenta de negócios, essa tendência já é utilizada de maneira ampla por permitir a otimização de gastos com questões como hospedagem – já que todo o processamento é feito de maneira remota. Vale dizer também que o uso pode ser customizado de acordo com a necessidade. 
Ou seja, as empresas que oferecem soluções de Cloud Computing trabalham com possibilidades de upgrade, que podem acompanhar o crescimento de uma companhia.
Em tempos de Inteligência de Negócios, a computação de dados vem sendo amplamente utilizada. O compartilhamento na forma de produto, com processamento na nuvem, é um dos grandes pilares de toda a transformação digital. 

  • Data Analytics

A análise de dados contempla o propósito de avaliar informações a partir de metodologias preestabelecidas – e com um propósito bem direcionado. Dessa forma, são utilizados indicadores que controlam as variações nos processos e que também podem demarcar espaços de tempo.
Outro pontos que são trabalhar em Data Analytics são:

  • a origem dos dados, ou seja, de onde eles são retirados;
  • a qualidade dos dados, para garantir que eles são confiáveis.

Tais pontos são essenciais no panorama geral do mercado de TI e até mesmo representam o que pode ser explorado na inteligência de negócios. 

  • Internet of Things (IoT)

A Internet das Coisas representa os objetos físicos que estão equipados com sensores digitais. Carros, eletrodomésticos, brinquedos e até mesmo acessórios (como relógios) passam a contar com toda uma tecnologia para comunicação e processamento de informação. 
A IoT, com isso, também tem relação com outros pilares da transformação digital – como a análise de dados, o Machine Learning e o Big Data. Tudo isso com mínima intervenção humana, permitindo em uma esfera individual a possível melhoria da qualidade de vida e a construção de uma rotina muito mais customizada, a partir de gostos pessoais.
No universo empresarial, a Internet of Things amplia muito a qualidade dos serviços prestados – seja no chão de fábrica ou não. 
É com máquinas conectadas que se constrói a chamada manufatura inteligente, possibilitando uma avaliação de informações para uma tomada de decisão estratégica, uma logística mais acertada e a manutenção preditiva/preventiva.

  • Governança de dados 

Em um momento no qual compliance e governança corporativa passam a ser assuntos de alta relevância – com 51% das empresas adotando as boas práticas recomendadas pelo Código Brasileiro de Governança Corporativa -,  a qualidade dos dados começa a ganhar ainda mais importância.
Com Big Data, IoT e outros pontos da Inteligência em Negócios, as informações não podem mais ser apenas coletadas. É essencial que elas sejam organizada e armazenadas com total segurança.  
A governança de dados é a preocupação com a centralização de todas as informações digitais. Ela deve estar alinhada às políticas da empresa, ao setor de recursos humanos e também às maneiras que são utilizadas as tecnologias da empresa.
Dessa forma, a governança de dados permite que as informações coletadas sejam mais úteis e determinantes para novas estratégias de atuação.

  • Inovação ágil

Uma das possibilidades da metodologia ágil é a Inovação Ágil. Com a Indústria 4.0 e a transformação digital, a velocidade da mudança se multiplicou. O mesmo pode ser percebido nas formas que as empresas se atualizam. 
Por isso, a inovação ágil parte do princípio de que as companhias precisam seguir uma linha de atuação baseada na experimentação. Para que isso aconteça, são explorados em uma série de princípios como:

  • investir na experimentação;
  • ter o cliente como foco;
  • buscar uma interação com o seu público;
  • manter a simplicidade.
  • Inteligência artificial

inteligência artificial é uma área com ótima abertura no mercado de trabalho. Ela faz com que seja possível o aprendizado das máquinas, com equipamentos desempenhando funções similares àquelas realizadas pelos homens.
Equipadas com dispositivos, essas máquinas conseguem atuar de maneira autônoma. Por isso, substituem o trabalho humano em tarefas extremamente perigosas, repetitivas ou mesmo em rotinas que seriam extenuantes.
Outra vantagem da Inteligência Artificial, muito relacionada à inteligência de negócios, é que elas têm uma capacidade de decisão muito aprimorada, por poderem analisar dados, avaliar padrões e processar informações.
Assim, em fábricas totalmente conectadas – com tecnologias como as a IoT -, os equipamentos conseguem decidir o que precisa ser priorizado, quais tarefas podem ser pausadas ou mesmo indicar para outros sistemas a ausência de algum insumo. 

  • Estoque 4.0

Ainda no conceito de fábricas inteligentes e conectadas, está o estoque 4.0. Esse é o nome dado para um dos pilares da logística 4.0. Trata-se de uma aposta que potencializa as possibilidades da armazenagem, com a automação e o uso de dados. 
Como Business Intelligence, a logística 4.0 permite que os estoques sejam muito mais enxutos, estratégicos e permite que sensores indiquem a necessidade de possíveis reposições – podendo até mesmo realizar pedidos de maneira conectada, com mínima intervenção do homem. 

  • Omnichannel

O omnichannel também aparece como tendência de negócio. Lojas conectadas e divididas em diversas redes, com experiências de consumo que caminham entre o digital e o físico, estão mudando o mercado.
A ideia é que uma empresa não se posicione mais de formas isoladas em cada meio de venda. Ela deve entregar uma construção interconectada, passando por soluções que são customizadas para cada tipo de local.
Dessa forma, cliente são atendidos com inteligência de negócios, e as empresas se beneficiam dos novos hábitos de consumo. Aliás, hoje em dia é tudo sobre user experience – outro tema que está em alta e é indispensável para as organizações com olhar no futuro. 
Até agora, passamos pelo conceito de inteligência de negócio e por uma série de tendências que estão tirando o conceito do papel – e fazendo com que ele seja aplicado na prática -. Agora é hora de saber quais são os pontos que uma empresa precisa abordar para alcançar o sucesso em tempos de transformação digital.

   Os pré-requisitos do sucesso nos negócios na era digital

Enquanto o uso da internet no Brasil cresce, atingindo mais de 70% da população – incluindo comunidades rurais e classes D e E -, as possibilidades relacionadas a serviços online (como delivery e streaming) também aumentam. Os números são do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), que destacam o potencial para os negócios digitais.
De toda forma, para que uma companhia se destaque, ela precisa apresentar algumas características. São pré-requisitos determinantes para que a empresa se estruture e se diferencie da concorrência. Listamos algumas delas a seguir. Confira:

  • Agilidade

Cumprir prazos e inovar de forma contínua são dois dos pontos que demonstram como a agilidade é essencial em uma estratégia voltada para a inteligência de negócios. A análise de dados e a tomada de decisão baseada em informações sólidas – e bem coletadas – também têm toda importância.

  • Inovar sempre

Por vivermos em tempos de cultura da inovação, as empresas buscam estar sempre alinhadas ao ritmo acelerado das mudanças que ocorrem no mercado.
Mas inovar não é apenas criar processos ou lançar novos produtos – é também conseguir atuar com uma visão de mercado. Para isso, seguir as tendências tecnológicas pode mudar a forma de fazer negócios.

  • Ter diferencial competitivo 

Outro ponto muito importante quando o assunto é Inteligência de Negócios é saber que a empresa tem algo que a faz se destacar em seu segmento. É aquilo que chamamos de disruptivo, ou seja, que rompe com conceitos preestabelecidos. Foi o que aconteceu, aliás, com os lançamentos da Apple (como iPhone e iPod), ou mesmo com o Uber e o Airbnb.

   A atuação do profissional de Inteligência de Negócios

Para trabalhar em uma startup ou auxiliar uma companhia em processos de transformação digital, alguns conhecimentos fazem toda a diferença por serem parte da atuação do profissional em Business Intelligence.
Como Analista de Inteligência de Negócios, você será responsável por:

  • avaliar as demandas da empresa;
  • entender a qualidade dos dados da companhia;
  • fazer pesquisas de mercado e de concorrência;
  • solucionar questões de dados errados ou duplicados;
  • interpretar informações. 

Tudo isso acontece a partir do recebimento de demandas de toda a companhia. Por isso, o trabalho pode variar por ciclos, projetos ou mesmo ser dividido por áreas de atuação – em companhias maiores.
Ao caminhar no nível de senioridade no trabalho, você pode começar a receber demandas mais avançadas. Da mesma forma, consegue trabalhar cada vez mais perto de lideranças e executivos da companhia, auxiliando em momentos de transição, na construção de metas ou mesmo para compreender cenários complexos.
Por isso, é um trabalho que mistura muitas soft e hard skills. Afinal, necessita de um conhecimento técnico muito específico, mas também carece de habilidades interpessoais muito características da área de tecnologia.
Enfim, passamos até aqui por todas as áreas da Inteligência em Negócios. Neste conteúdo, você pôde ter uma visão muito mais ampla sobre como é toda a questão da BI, como ela se aplica, o que esperar dela no mercado e como é a rotina de atuação de um profissional do setor. 
Se você está pensando em atuar para analista de inteligência de negócios, aproveite para baixar no nosso e-book com um Guia de Carreira em Big Data!

3 Comentários

  1. ROSELI disse:

    EXELENTE!! BEM COMPLEXO E ESCLARECEDOR!

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