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Guia prático para desbravar o Universo do UX

Pensar em UX - ou experiência do usuário - é o que faz a diferença para muitos sites e aplicações de sucesso. Entenda tudo sobre o universo do UX (...)

Autor: Redação Impacta

Para ter um site ou sistema de qualidade, o fator crítico é a UX, ou seja, a experiência do usuário. Existem diversos princípios que ajudam a guiar o processo de UX design em um produto digital. O UX designer é o profissional que deve se preocupar com cada um desses itens para garantir que o usuário tenha uma ótima experiência e volte a utilizar o sistema.
Por isso, se você gostaria de se desenvolver profissionalmente, mas ainda não sabe bem em que deveria investir, talvez você deva considerar a carreira de UX designer.
Neste post vamos explicar tudo sobre essa área de extrema importância do desenvolvimento e design para você ficar por dentro do assunto. Boa leitura!

Afinal, o que é UX?

Sempre que usamos qualquer tipo de produto, seja virtual ou não, estamos tendo algum tipo de experiência. Você já deve ter acessado algum sistema ou página web no qual teve dificuldade em localizar as informações que precisava.
Você deve ter navegado por diversos links até chegar onde queria. Talvez você tenha ficado confuso com todas aquelas opções juntas. Provavelmente, você teve, então, uma experiência ruim. O sistema não foi planejado pensando em como o usuário se sentiria ao utilizar a ferramenta.
É daí que surge o termo UX, que vem do inglês “User Experience”, que significa experiência do usuário. É importante lembrar que a UX sempre vai existir. Ela pode ser ruim ou boa, mas ela acontecerá.
Assim, cada vez mais as empresas passam a dar importância para a UX, contratando até mesmo profissionais especialistas para lidar somente com essa questão.

Por que, de fato, é importante?

A UX é tão importante quanto a identidade visual de um sistema. Isso porque não importa o quão bonito é o sistema se os usuários não souberem como interagir com ele.
A UX é a chave para sistemas complexos, uma vez que os usuários devem conseguir navegar facilmente pelo sistema sem precisarem aprender a fazê-lo. Negligenciar a UX pode resultar em um sistema relaxado que os usuários não quererão voltar a usar.
Dentre os tipos de negócio que são afetados profundamente pela UX estão os e-commerces. Existem milhares de e-commerces na web com preços muito semelhantes. O que pode diferenciar um site de outro?
Um dos fatores é a boa visualização dos produtos, em que o usuário consegue facilmente calcular o frete de seu produto, verificar condições de pagamento, garantia e informações técnicas.
Contudo, um site que não disponibiliza essas informações de uma forma fácil de ser localizada poderá facilmente perder um cliente. Se um cliente teve uma UX ruim, é muito provável que milhares de outros clientes também tenham os mesmos problemas e dificuldades.
Além disso, a prática não engloba somente a parte visual de um sistema ou web site. A UX engloba toda a experiência de interação com a empresa.
Pensando no exemplo do e-commerce dado acima, se o usuário tiver um atendimento ruim com o suporte da empresa ou tiver problemas com o pagamento e não conseguir resolver, isso também afetará a UX com a empresa.

Agora deu para perceber que uma UX ruim em um e-commerce afeta diretamente as vendas e, portanto, o faturamento do negócio?

Quais são as ferramentas mais indicadas?

Você já sabe o que é UX, agora precisa entender quais ferramentas podem ajudar na elaboração de um produto digital.
Neste tópico falamos de ferramentas que são tendências de UX para prototipagem de sistemas, ferramentas para testes de usuário, ferramentas para organizar informações e, por fim, ferramentas para análise de métricas.

Ferramentas para prototipagem

Quando o designer de um sistema tem uma ideia de como deve ser esse sistema, ele precisa de alguma ferramenta com a qual consiga transmitir essa ideia. Ele precisa criar o wireframe do site para organizar a estrutura e relacionamento entre todas as páginas do sistema.
O wireframe é um desenho básico da interface que deve retratar a arquitetura, propostas de funções, conteúdo e elementos gráficos.
Para isso, então, existem ferramentas com o objetivo de ajudar na prototipagem do sistema, como é o caso do UX Pin, que possui muitas funcionalidades, incluindo a habilidade de criar protótipos clicáveis e responsivos no navegador.
Outra ferramenta bastante utilizada para esse objetivo é o Wireframe.cc, em que só é preciso abrir uma nova aba e rapidamente criar os wireframes.
Sketch é, talvez, uma das ferramentas mais conhecidas, pois possui uma comunidade de usuários muito grande.
A ferramenta de UX mais completa do mercado para a prototipagem é o Axure, que pode ser comparada a um Photoshop para designers de UX.
Por fim, uma ferramenta relativamente nova é o Adobe Experience Design (Adobe XD). Tem interface simples e intuitiva que permite que o profissional faça em alguns minutos transições de telas, insira figuras e personalize diversas telas de um aplicativo.

Ferramentas para testes de usuário e pesquisa

Como é possível lidar com sessões remotas de testes de usuário? Com a interface pronta, é preciso saber como o usuário está lidando com a ferramenta. Para isso, existem alguns mecanismos que gravam a interação do usuário com o produto.
Uma delas é o Lookback, uma ferramenta simples de usar em que todos os vídeos são enviados para a nuvem. Também existe a Wufoo, no qual é possível criar pesquisa de satisfação e enviar para os usuários para, então, poder facilmente analisar os resultados.
Por fim, a ferramenta User Testing permite que você, em menos de uma hora, consiga executar testes de UX no seu site.

Ferramentas para organizar informações

Um designer sempre se assusta com a quantidade de informações que precisa trabalhar diariamente. Como ele pode lidar com isso? Como organizar, rotular e visualizar toda essa informação de uma forma simples e de fácil entendimento?
Uma ferramenta bastante útil para desenhar fluxogramas e diagramas com linhas que se conectam automaticamente é o Lucid Chart. Uma das vantagens dela é que a integração com o Google Apps a torna mais colaborativa.
MindMeister pode ser utilizada naquele momento em que você tem uma avalanche de ideias e não sabe como organizá-la. Nessa ferramenta você pode criar mapas com palavras, imagens e links que se conectam entre si.

Ferramentas para análise de métricas

Como você pode analisar, de fato, as interações do usuário com o seu sistema, para que você tome as decisões corretas de design?
Para isso existem ferramentas para análise de dados que quantificam as interações do usuário. Um exemplo é o Crazy Egg, que organiza os dados em forma de heatmap, um mapa de calor com 3 dimensões.

Outra ferramenta interessante é o Good Data, que é baseado em nuvem e fornece relatórios úteis que combinam várias fontes de dados.

Quais são os 5 princípios básicos em UX?

Além de saber usar as ferramentas que visam ajudar na elaboração da UX, também é preciso entender o que o usuário precisa para ter uma boa experiência. Neste tópico citamos 5 princípios básicos de UX: experiência personalizada, simplicidade acima de tudo, padrões familiares, design responsivo e o poder da satisfação.

1. Experiência personalizada

Personalização é o assunto do momento no design de sistemas web e móveis. Os usuários agora procuram por experiências que foram feitas especificamente para suas necessidades.
Imagine um usuário visitando um e-commerce e querendo ver sugestões de produtos que coincidem com seus interesses ou compras anteriores. Uma interface que “sabe” o que o usuário quer por meio da interação com um produto ou um serviço nunca é algo que deixa de impressionar

2. Simplicidade acima de tudo

As melhores interfaces de usuário são aquelas que proporcionam simplicidade e ferramentas de fácil entendimento. Quanto menor o esforço cognitivo exigido do usuário, melhor será a UX.
Os pontos-chave são clareza e consistência. Você pode desenvolver seu sistema web ou móvel para ter um apelo visual, e isso é ótimo. Porém, as pessoas vão apreciar a estética somente por um tempo limitado, uma vez que o objetivo principal dos usuários é interagir com o programa e realizar a tarefa que precisam.
Se você adicionar muitos elementos de design que servem somente para a decoração do sistema, estará apenas dificultando as interações do usuário. Os produtos digitais devem ajudar as pessoas a resolverem problemas, portanto, aposte na simplicidade para que você possa focar nas funcionalidades.

3. Padrões familiares

Faça a você mesmo a seguinte pergunta: “os usuários conseguem entender como completar suas tarefas na primeira vez que interagem com o produto?”.
Sempre que você começa a usar um novo produto digital, você espera que as interações sejam semelhantes àquelas já aprendidas anteriormente. Isso não vale somente para sites, vale para qualquer produto.
Quando você adquire um celular de uma marca diferente, você espera que algumas funcionalidades sejam iguais às do seu celular antigo, por exemplo, possuir um botão lateral para ligar e desligar, botão lateral de volume e câmera traseira e frontal. Se o seu novo celular é completamente diferente desse padrão, você pode se sentir frustrado porque terá de reaprender a usar, afetando negativamente a UX.
Mantenha o padrão, pois isso facilitará a vida do usuário. Se você precisa de um botão de “gravar”, por que não utilizar o ícone de disquete que já é tão conhecido por todos? Se você usar o ícone de disquete em um outro botão que tenha outra função que não seja gravar, com certeza receberá muitos relatórios de erros.

4. Design responsivo

Hoje em dia o computador não é o único meio de acessar sites e sistemas web. A popularidade dos dispositivos móveis aumenta a cada dia. Se você é um usuário frequente de smartphone, provavelmente já deve ter entrado em sites no qual as letras e botões eram muito pequenas, dificultando muito a leitura e a navegação.
Você deve se lembrar, então, de como se sentiu irritado por não conseguir realizar uma tarefa. É por isso que um site com design responsivo é tão importante. Adequar toda a interface do sistema para caber em uma pequena tela de celular, porém ainda manter uma semelhança com a versão web, é um desafio necessário para uma boa UX em dispositivos móveis.
Assim, nos sistemas mobile, o UX designer deve deixar as ferramentas mais utilizadas sempre mais acessíveis e esconder aquelas com uso menos frequente.

5. O poder da satisfação

Todo designer de UX gostaria de criar uma experiência que proporciona prazer e satisfação aos usuários para fazer com que voltem a interagir com a página. Porém, a satisfação também é algo difícil de relacionar a elementos de design.
Para atingir essa satisfação, toda a experiência de usuário precisa ser agradável e isso não é tão simples quanto parece. Por isso, existem sistemas baseados em gamificação, com recompensas e princípios de jogos digitais, pois tornam a experiência mais engajante.
Isso é bastante comum até mesmo em sites de e-commerce, que oferecem “pontos” a cada compra realizada. Quando esses pontos se acumulam, o usuário tem a opção de trocar por algum produto. Isso é um elemento de jogos que a UX utiliza com o intuito de buscar a satisfação e interesse do usuário para que ele continue comprando.

Quais as diferenças entre UX e UI?

Existe uma grande confusão para quem está começando na área de design de UX, pois muitos acham que UX é o mesmo que UI. Como já mencionamos anteriormente, UX significa User Experience, ou seja, experiência do usuário. Já UI é uma abreviação em inglês para User Interface (interface do usuário). A UI está inserida dentro da UX, mas não possuem o mesmo significado.
A UI é somente a interface, o meio de o usuário interagir com algo, enquanto a UX engloba toda a experiência daquele sistema, como o tempo que o usuário leva para encontrar alguma informação, quantidade de interações incorretas e até mesmo quantidade de vezes em que o suporte foi acionado.
É muito comum encontrar vagas de emprego que exigem conhecimentos tanto de experiência do usuário quanto interface, contudo, essas exigências são responsabilidades de mais de um profissional: o designer de UX e designer de UI.
É claro que é muito importante que o profissional de UX conheça UI, pois como ele poderá elaborar uma boa experiência se não conhecer também os princípios de interfaces agradáveis?
Portanto, quando se fala de UX design, isso não está limitado a somente projetar transições de telas de aplicativos, pois o profissional responsável por isso é o UI designer. O UX designer precisa saber monitorar as interações dos usuários para tomar decisões sobre as funcionalidades do sistema.

UX na prática: como começar?

Os profissionais que trabalham com UX podem vir de diversas áreas como jornalismo, moda, design e até biblioteconomia, pois a principal característica que esse profissional deve ter é um bom senso de empatia e ser um ótimo observador, uma vez que seu trabalho é saber identificar os problemas e necessidades dos usuários nas atividades do dia a dia.
Apesar de qualquer pessoa poder trabalhar com UX, é preciso estudar bastante, ler livros e fazer cursos relacionados, além de participar de eventos.

Leia livros

Agora que você já está mais familiarizado com o conceito de UX e já está mais conectado com esse mundo, é hora de se aprofundar na teoria. Um bom livro para o iniciante é o Introdução e Boas Práticas em UX Design. Nele, o leitor terá um guia inicial para começar a projetar a UX de seus produtos digitais.
Existem ainda diversos livros para quem procura uma orientação mais específica, como testes de usabilidade, mecanismos de busca, etc.
Atomic Design detalha tudo aquilo que é preciso para a manutenção do design de sistemas, permitindo que você produza UIs mais rápidas e consistentes. Esse livro introduz uma metodologia para se pensar de forma diferente na sua interface.
Na obra Data-Driven Design: Improving User Experience with A/B Testing você aprenderá como melhorar suas decisões de design por meio de testes A/B e como você pode aplicar esse processo em tudo, desde pequenos layouts até conceitos de UX em larga escala.

Participe de eventos

Não existem muitos eventos especificamente de UX design, mas costumam ser bem organizados. Contam com palestras, workshops, grupos de discussão e salas de exposição.
Alguns eventos de UX para você ficar de olho são:

Faça cursos

Por fim, invista também em estudos formais. Existem diversos cursos que podem contribuir para a carreira de UX design. Um exemplo é o curso na ferramenta Axure, além de cursos de especialização superior como uma Pós-Graduação em Arquitetura de Informação e UX, em que você tem contato com Arquitetura, Design de Interface e UX design.
Além disso, cursos superiores específicos de design também poderão contribuir para a sua formação, como Design Gráfico e Design de Produtos.

Quais os 3 passos para se manter atualizado?

Hoje, na internet, conseguimos encontrar uma infinidade de informações relacionadas a praticamente qualquer assunto que você possa imaginar.
Com o UX design não é diferente, portanto, não é difícil se manter atualizado. Neste tópico, citamos os 3 principais passos necessários para se manter atualizado. Você pode seguir outros UX designers nas redes sociais, acompanhar blogs que tratam do assunto e ficar de olho nas vagas de emprego.

1. Siga outros UX designers

O primeiro passo para começar nessa área é passar a seguir outros UX designers nas redes sociais. O Twitter e a rede Medium são ótimos canais para saber tudo o que acontece na área.
Existem profissionais ainda que gostam de compartilhar tutoriais, curiosidades e novidades sobre novas ferramentas ou dicas da área. Alguns deles são a Julie ZhuoJared M. Spool e Khoi Vinh.

2. Acompanhe blogs

Se você gosta de ficar atualizado com as novidades, não deixe de acompanhar alguns blogs sobre UX, principalmente aqueles que têm atualização semanal, pois isso fará com que você tenha material de leitura com uma certa frequência.
Veja também posts mais antigos para não deixar qualquer assunto de fora. Alguns blogs interessantes de UX são o uxdesign.cc BrasilUsabilidoido e Inspire UX.

3. Fique de olho nas vagas de emprego

Essa é uma ótima dica para você que quer ingressar no mercado de trabalho. Acompanhar as vagas que aparecem nos sites de busca de emprego é uma ótima forma de ficar por dentro das novidades da área e saber o que as empresas buscam. Assim, você pode se especializar sempre que vir um assunto que ainda não conhece.

Como está o mercado de trabalho para o UX designer?

Bem, agora que você já sabe o que é UX design e como essa carreira funciona, é hora de saber um ponto muito importante: quanto você pode ganhar e onde você pode trabalhar.
A vantagem é que o salário de um UX designer pode ser muito alto para quem já tem alguma experiência, podendo chegar a R$ 9.000. Contudo, a média de salário desse profissional é menor: cerca de R$ 4.900.
Por fim, em que tipo de empresas você consegue uma vaga de emprego? Em empresas de desenvolvimento de software é onde você encontrará boas oportunidades de carreira.
Normalmente, você trabalhará próximo ao UI designer e ao programador para que, juntos, como um time, vocês consigam que a interface funcione corretamente de forma a garantir uma boa experiência aos usuários do sistema. Você ficará responsável por monitorar as ações para saber quando o usuário tem mais dificuldade em realizar alguma tarefa.
Agora você já entendeu toda a importância de pensar em UX, não é mesmo? Esse é um universo muito amplo e repleto de oportunidades. Mas, para que consiga crescer na área, você precisa ser uma pessoa com empatia, capaz de se colocar no lugar do usuário e ter a criatividade necessária para descobrir como o usuário deveria se sentir ao realizar uma tarefa.
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