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Consumerização: apenas a tecnologia resolve?

O fenômeno denominado Consumerização vai muito além do aspecto “Traga o seu o próprio dispositivo”, da expressão inglesa BYOD (Bring your own (...)

Autor: Anderson Baldin Figueiredo

Em nenhum momento da história da humanidade a expressão mobilidade foi tão citada, avaliada e analisada como nos dias de hoje. A mudança comportamental de praticamente toda a sociedade tem origem em uma “necessidade”, bem definida pelos americanos através da expressão “Any data, anytime, any device, anywhere”, ou seja, poder acessar qualquer informação, em qualquer lugar e horário, utilizando algum dispositivo móvel, é uma realidade que cresce em índices exponenciais, tanto na quantidade de informações quanto na oferta e complexidade dos equipamentos disponibilizados diariamente para o mercado consumidor.

As pessoas habituadas a essas novas facilidades e funcionalidades em suas vidas pessoais buscam cada vez mais incorporar seus próprios dispositivos às suas atividades profissionais e, dessa forma, passam a influenciar as empresas em suas decisões de adoção de soluções de tecnologia. Esse fenômeno é denominado Consumerização, que vai muito além do aspecto “Traga o seu o próprio dispositivo”, da expressão inglesa BYOD (Bring your own device).

Mesmo não tendo uma visão completa do universo de dispositivos e aplicações que os profissionais utilizam no ambiente corporativo, podemos constatar que os gestores de TI e de Telecom das empresas têm conseguido avaliar, entender e conduzir as atividades referentes à consumerização sob aspectos de tecnologia, de segurança e da continuidade da operação de suas áreas. Ou seja, tecnologicamente a questão está bem-encaminhada e sob domínio dos gestores.

No entanto, para a grande maioria das corporações ainda existe um longo e, aparentemente, complexo caminho a ser percorrido quando olhamos para as questões pessoais, comportamentais e de procedimentos relacionados a essa nova realidade.

a)      Quem pode usar?

b)      Quais dispositivos podem ser utilizados?

c)      Quais aplicações / dados podem ser acessados?

d)      Como proceder em situações de perdas, roubos e manutenções?

e)      E as informações pessoais? etc.

Esse tipo de questão vem intrigando os gestores e, em muitos casos, adiando a implantação desse modelo, que inexoravelmente será adotado.

Os exemplos de maior sucesso na implementação de um sistema de consumerização primaram pela simplicidade na elaboração de políticas, processos e procedimentos. Que tal trazer o profissional para auxiliar na definição dessa política? Por que não apresentar, de forma clara, quais os procedimentos e responsabilidades associadas à possibilidade de utilização de dispositivos pessoais? O que fazer em situações emergenciais? Discutir claramente a questão “dados pessoais” é um dos principais aspectos que, uma vez bem conduzidos, certamente farão da experiência de consumerização um fator positivo no relacionamento com os profissionais e nos resultados das companhias. Afinal de contas, profissionais satisfeitos ainda são o maior ativo de qualquer empresa.

Resumindo, em um mercado cujas mudanças vêm com velocidade absurda, principalmente através de uma nova gama de profissionais altamente conectados, o maior risco que as empresas não podem cometer é serem inflexíveis em questões como redes sociais e consumerização e sim, devem se apoiar na ideia de que consumerização está muito além de um simples controle de dispositivos e aplicações, uma vez que envolve a forma e o modelo como os profissionais interagem, atuam e produzem em seus ambientes de trabalho, quer sejam locais ou remotos.

 

Esse conteúdo foi adaptado da postagem original do canal CRN, disponível no site IT Fórum 365.

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