Como conseguir bolsas de estudo no exterior?
Muitos jovens encontram no intercâmbio uma ótima opção para especialização profissional somada a uma experiência de vida única. Se for com uma bolsas (...)
Autor: Jéssica Lima
Fazer um intercâmbio é uma das experiências que mais marcam a vida de um estudante universitário. A faculdade é a época em que muitas pessoas têm a chance de estudar em outro país — afinal, as instituições superiores de ensino costumam ter uma política de oferecer bolsas de estudo aos alunos.
Aproveitar para estudar no exterior durante a faculdade traz diversos benefícios profissionais e pessoais: o estudante desenvolve autonomia, independência, depara-se com outras visões de mundo, aprende uma nova língua, passa a ser mais valorizado no mercado de trabalho, entre outros.
Se a sua ideia é conseguir bolsas de estudo no exterior durante a graduação, você vai gostar deste texto. Continue a leitura e confira a seguir algumas dicas que o deixarão mais próximo do seu objetivo.
Escolha uma faculdade que tenha parceria com instituições estrangeiras
A primeira dica é, justamente, o ponto-chave do nosso assunto: para fazer sua viagem, é imprescindível estudar em uma faculdade que tenha convênio com instituições no exterior. Se você quer fazer intercâmbio acadêmico, precisa verificar, antes de escolher um curso de graduação, se o estabelecimento de ensino selecionado conta com um programa de mobilidade, além de saber quais são as condições para conseguir a bolsa.
Geralmente, essa informação pode ser conferida no site da faculdade, em uma seção que provavelmente se chama “intercâmbio“, “mobilidade internacional” ou “assuntos internacionais”.
Se você acessa essa informação, consegue saber, com antecedência, os critérios de seleção dos alunos para o intercâmbio. Assim, fica mais fácil se preparar da melhor forma para ser escolhido. O mais comum é que as faculdades lancem um edital de bolsas de intercâmbio em períodos específicos. Você precisa ficar atento aos prazos para não perder a inscrição, combinado?
Para concorrer à bolsa, a instituição pode exigir do aluno um mínimo de créditos cumpridos antes da viagem, além de documentações, como currículo e certificado de proficiência em alguma língua. Vamos falar mais sobre isso nos próximos tópicos.
Aprenda outra língua e tire seu diploma de proficiência
Apresentar um certificado de proficiência em língua estrangeira costuma ser um requisito de seleção dos alunos que farão intercâmbio. Essa exigência é feita pensando no próprio proveito do estudante, uma vez que os cursos no exterior são ministrados no idioma local. Logo, para que seu aproveitamento seja efetivo, você precisa demonstrar que é capaz de compreender a mensagem passada.
Mas atenção: não vale apresentar qualquer certificado de conclusão de curso de línguas, como os que são disponibilizados por escolas de idiomas. O ideal é que você tire um certificado oficial.
O inglês é um idioma praticamente obrigatório, visto que universidades de todo o mundo costumam oferecer cursos nessa língua. Em outras palavras, não servirá apenas para estudar nos Estados Unidos ou Inglaterra — pode ajudar você a ir também para países da Ásia ou da Europa, por exemplo.
Alguns certificados de proficiência em inglês reconhecidos mundialmente são:
Para o espanhol, o mais comum é o DELE (Espanha), e no caso do francês, o DELF (França). O ideal é tentar obter um diploma de nível intermediário, que costuma ser indicado nos certificados como nível B1 ou B2.
Obter esses níveis é mais recomendado, pois a maioria das instituições estrangeiras vão pedir que o aluno bolsista tenha, no mínimo, esse grau de proficiência.
Traduza seu currículo e seus documentos acadêmicos
Ainda falando de língua estrangeira, vale a pena verificar com antecedência também se a instituição no exterior vai solicitar algum documento traduzido. Em geral, se é ela que oferece a bolsa, será preciso apresentá-lo na língua local. Como a tradução pode demorar alguns dias, deixá-la pronta antes já adianta bastante o processo.
No caso em que a própria instituição brasileira seja a ofertante da bolsa, então é mais provável que a documentação seja avaliada por professores brasileiros mesmo. Logo, não há necessidade de tradução.
Outro documento que talvez valha a pena traduzir é o seu currículo. Mesmo que você ainda tenha pouca experiência de trabalho, fazer um CV com, pelo mensos, seus dados acadêmicos é a forma de conseguir apresentar quem você é aos professores que vão analisar sua solicitação de bolsa.
Portanto, deixe pronta uma versão do seu currículo em português e, por via das dúvidas, prepare também a opção do documento em inglês — e também no idioma do país para onde você deseje ir. Você não tem nada a perder com essa precaução, não é mesmo?
Participe de projetos extracurriculares
A análise de do documento que comprova suas habilidades pode aparecer como uma das etapas de seleção de estudantes para uma bolsa de estudos no exterior. Como dissemos, o currículo será a forma de você se apresentar aos selecionadores.
Nem sempre todos os candidatos a intercâmbio passam por entrevistas. O mais comum é que, primeiramente, seja feita uma pré-seleção a partir do currículos e das notas para, depois, entrevistar apenas esses pré-selecionados, chegando àquele que será contemplado com a bolsa.
Se sua preocupação, quanto a isso, é que seu currículo ainda não é muito extenso, uma boa ideia para demonstrar seus interesses e desenvolver habilidades é participar de atividades extracurriculares, sejam elas dentro, sejam fora da faculdade.
Imaginemos que sua intenção é tentar participar de um intercâmbio para estudar Negócios ou Marketing, por exemplo. Colocar no currículo que você faz parte de uma empresa júnior pode contar pontos positivos durante a seleção da bolsa de intercâmbio.
Outra boa ideia é participar de grupos de estudos organizados pelos professores do curso de seu interesse. Muitos docentes universitários têm contato com instituições estrangeiras e, ao ficarem sabendo de oportunidades no exterior, acabam indicando os alunos que participam de seus projetos (que, geralmente, são aqueles em quem esses profissionais têm mais confiança).
Ainda, existem seleções para intercâmbio que pedem como requisito que o aluno apresente uma carta de recomendação escrita por um de seus professores. Estando em um grupo de estudos, há mais probabilidade de que o educador que lidera o grupo faça essa carta para você.
Pronto para conseguir alguma das bolsas de estudo no exterior oferecidas na faculdade de seu interesse? Então não deixe de colocar em prática as nossas dicas — assim, as chances de você ser contemplado com o intercâmbio serão maiores!
Se você quer continuar se preparando para sua viagem de estudos no exterior, recomendamos que leia também nosso Guia prático para planejar seu intercâmbio estudantil.
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