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Afinal, existe diferença entre pós-graduação e especialização?

Fazer pós-graduação e especialização é a mesma coisa? Entenda as diferenças entre as áreas e saiba qual escolher para sua carreira!

Autor: Rogério Ramalho

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A conclusão de um curso superior traz uma série de oportunidades para o profissional graduado, principalmente no que diz respeito às possibilidades de aprimoramento dos conhecimentos construídos ao longo da faculdade — e, consequentemente, de desenvolvimento da carreira.

Nesse contexto, uma das dúvidas mais comuns é se existe alguma diferença entre pós-graduação e especialização.

Levando em conta a importância de prosseguir com os estudos depois da conclusão de um curso de graduação e as incertezas que podem surgir diante dessa continuidade, elaboramos este post.

A seguir, vamos explicar o que é uma pós-graduação e o que é uma especialização, assim como apontar as semelhanças e as diferenças entre esses tipos de formação acadêmica.

Confira agora mesmo e tire suas dúvidas a respeito do tema!

O que é uma pós-graduação?

Em termos gerais, uma pós-graduação consiste em uma formação acadêmica feita depois da finalização de um curso de graduação.

Ela pode ser um bacharelado, uma licenciatura ou um curso tecnólogo.

Dessa maneira, trata-se de uma modalidade de qualificação que tem como pré-requisito a conclusão de uma graduação e é voltada para o aprimoramento dos conhecimentos em uma determinada área.

A finalidade geral de uma pós-graduação é aprofundar a formação acadêmica do aluno, conferindo a ele habilidades e competências adicionais que foram desenvolvidas durante o curso superior.

Esse aperfeiçoamento pode ser feito no próprio campo de atuação do profissional ou até mesmo em uma área diferente daquela em que ele cursou o Ensino Superior.

O que vai definir a área na qual o estudante fará a sua pós-graduação é o seu objetivo na carreira.

Assim, se a pretensão é atuar em um domínio específico da sua graduação, é indicado fazer um curso diretamente relacionado a ela.

No entanto, se a meta é acrescentar conhecimentos que não pertencem ao seu campo de formação, a sua pós pode ser desenvolvida em uma área diferente.

O objetivo de carreira também vai direcionar o tipo de pós-graduação que o profissional vai optar.

No Brasil, existem duas grandes modalidades disponíveis: a stricto sensu, da qual fazem parte os cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado, e a lato sensu, composta pelos cursos de especialização e de MBA, sigla que corresponde a Master Business Administration.

Os cursos stricto sensu, em geral, são destinados aos profissionais que pretendem se tornar professores universitários ou pesquisadores — ou seja, estão voltados para a carreira acadêmica.

Já os cursos lato sensu têm um enfoque específico no atendimento de demandas do mercado de trabalho, sendo destinados a quem tem como objetivo o aperfeiçoamento técnico em uma determinada área.

O que é uma especialização?

Como acabamos de mostrar, o termo pós-graduação se refere a um conjunto de cursos de formação continuada no qual está inserida a especialização.

Nessa perspectiva, uma especialização é um curso lato sensu destinado a graduados que buscam obter conhecimentos aprofundados em uma área profissional, com a finalidade de conseguir um emprego ou subir na hierarquia da empresa.

Com a compartimentação cada vez maior das competências exigidas pelas empresas, são oferecidos cursos de especialização nas mais diversas áreas de conhecimento. Isso propicia uma gama de possibilidades bem ampla para o profissional.

No que se refere à certificação, essa modalidade de pós-graduação atribui ao concluinte o certificado de especialista no campo em que foi feito o curso.

De acordo com a legislação educacional brasileira, as especializações devem ter, no mínimo, 360 horas de carga horária que, em geral, são distribuídas em aulas cujas disciplinas são oferecidas semestralmente.

Além da aprovação nas matérias, é comum que esse formato de pós-graduação exija um trabalho de conclusão de curso para que o aluno receba o certificado.

As disciplinas oferecidas nas especializações variam muito dependendo do curso, já que existem diversas áreas do conhecimento.

No entanto, todas elas têm em comum a característica de serem mais técnicas, ou seja, aplicadas à prática específica de um certo domínio profissional, de modo a satisfazer as necessidades do mercado de trabalho.

Quais são as características de cada tipo de pós-graduação?

Como destacamos, existem diferenças relevantes entre os cursos lato sensu (especializações e MBA) e strictu sensu (mestrado, doutorado e pós-doutorado). A seguir, destacamos as principais características de cada um deles.

MBA

Conforme a sigla indica, trata-se de uma especialização voltada para Negócios e Administração. Com foco no trabalho corporativo, o MBA tem como objetivo o aperfeiçoamento do profissional no que diz respeito às atividades dessa área.

Em muitas empresas, essa formação é um critério básico para quem almeja concorrer a um cargo de liderança.

Vale destacar que, independentemente do perfil do candidato e da sua aspiração profissional, o MBA representa uma boa oportunidade para ampliar seu círculo de contatos.

No mundo corporativo, essa prática também é conhecida como networking.

Em um ambiente dominado por profissionais da gestão, é possível trocar ideias não só sobre oportunidades, mas a respeito de estratégias de negócios e outros conhecimentos valiosos para o aperfeiçoamento pessoal.

Em geral, o curso tem duração de 1 ou 2 anos.

Mestrado

O mestrado pode ser de natureza acadêmica ou profissional. A duração, em ambos os casos, costuma ser de no mínimo 18 meses e no máximo 24 meses, qualquer que seja o curso.

No caso do mestrado acadêmico, o objetivo é que o estudante (e, a partir desse momento, pesquisador) desenvolva suas habilidades com pesquisa e produção de conhecimento relevante para a sociedade.

Estamos falando de uma boa oportunidade para quem quer colaborar com as diferentes áreas de estudos científicos e tecnológicos, sugerindo novas formas de ver o mundo.

Além disso, a formação permite que o profissional atue como professor universitário de graduação em algumas universidades.

Isso significa que a responsabilidade do mestre formado é ainda maior, já que ele pode participar diretamente da formação de outros profissionais.

O mestrado profissional, por sua vez, tem como objetivo promover a capacitação técnica necessária com foco no mercado de trabalho.

Assim como o modelo acadêmico, esse curso coloca o aluno em contato com métodos de pesquisa científica. Entretanto, é direcionado à aplicação desses conceitos nas demandas mais específicas do mercado.

Doutorado

O doutorado tem natureza similar à do mestrado no quesito pesquisa científica.

Entretanto, estamos falando de um curso mais aprofundado, de longa duração, no qual a exigência sobre métodos e resultados é muito maior.

Basta observar, por exemplo, que as universidades públicas brasileiras exigem o título de doutor de todos os candidatos a professor universitário, mesmo para lecionar na graduação.

Em alguns países, o termo mais utilizado para essa categoria é o PhD, que significa Philosophy Doctor (Doutor em Filosofia).

O motivo é que as implicações metodológicas do seu trabalho tendem a ser trabalhadas em nível muito mais aprofundado, algo que coloca o doutorando em contato com questões filosóficas diversas que baseiam suas ações.

Em geral, a duração é de 4 a 5 anos, podendo variar de acordo com o andamento da pesquisa. ]

Vale lembrar que em ambos os casos (mestrado e doutorado), o processo costuma envolver algumas disciplinas — geralmente cursadas logo nos primeiros semestres.

Porém, a maior carga de trabalho é destinada ao desenvolvimento da investigação científica.

Não é à toa que um doutorado costuma transformar uma pessoa em uma das grandes especialistas da sua área, sobretudo nas questões específicas com que ela escolhe trabalhar.

Em muitos países, inclusive no Brasil, a jornada mais comum do pós-graduando começa no mestrado e depois segue para o doutorado.

Contudo, isso não é uma regra rígida. A depender da experiência do pesquisador e, principalmente, da solidez do seu projeto de pesquisa (apresentado para ingressar na pós-graduação), a banca examinadora pode sugerir que ele siga diretamente para o doutorado, mesmo sem ter concluído o mestrado.

Pós-doutorado

Também conhecida como pós-doc, essa modalidade de formação, como o nome sugere, só é possível após a conclusão do doutorado.

Na prática, trata-se de um aprofundamento de pesquisa e estudos em uma área relacionada aos trabalhos anteriores do pesquisador. A duração pode variar de acordo com as vagas em aberto — porém, a tendência é que o processo dure de 2 a 6 anos.

Por se tratar de um trabalho que demanda um domínio extremamente aprofundado sobre um tema, eventuais bolsas de estudo — que são, na prática, o salário de um pesquisador acadêmico — costumam ter um valor mais alto que as do próprio doutorado.

Quais são as semelhanças entre esses tipos de formação acadêmica?

Quando tratamos das semelhanças entre esses tipos de formação acadêmica, nos referimos ao fato de uma fazer parte da outra.

Isso quer dizer que as similaridades entre eles dizem respeito à sua natureza de formação continuada, ou seja, cursos de especialização e de pós-graduação consistem em capacitações profissionais desenvolvidas após a conclusão de um curso superior.

Dessa maneira, os dois termos denominam cursos que visam a aprofundar os conhecimentos profissionais dos seus concluintes em uma certa área.

Ambos proporcionam novos conhecimentos para serem utilizados na carreira do profissional e funcionam como um grande diferencial para o currículo.

Mas, afinal, o que há de diferente entre as modalidades e quais são as possibilidades de trabalho para quem opta por cada uma delas?

Quais as diferenças entre pós-graduação e especialização?

Conforme já explicamos ao longo do texto, uma especialização é um dos tipos de pós-graduação existentes. Por isso, é natural haver diferenças entre esse formato de curso e os demais.

É muito importante entender as principais diferenças, uma vez que elas ajudam o profissional a fazer a escolha mais apropriada, tendo em vista os seus objetivos profissionais.

Assim, uma especialização confere um certificado de especialista, enquanto outras pós-graduações, como mestrado e doutorado, atribuem os títulos de mestre e doutor, respectivamente.

Se na especialização o aluno é preparado para atuar no mercado de trabalho, nos cursos de pós-graduação stricto sensu o aluno recebe uma formação voltada para pesquisa e docência.

A depender da instituição de ensino, uma especialização dura, em média, de 2 a 3 semestres. Já um doutorado costuma ser mais longo, durando cerca de 4 anos.

Outra diferença é que, enquanto um mestrado requer do seu concluinte o desenvolvimento de uma pesquisa e a produção de uma dissertação, uma especialização exige que o seu aluno elabore uma monografia ou artigo científico.

O que avaliar ao escolher a especialização ou pós?

O primeiro passo é refletir sobre suas aptidões e os objetivos que você tem para sua carreira.

Em geral, uma pós-graduação na área acadêmica exige bons anos de muita dedicação — então, a decisão deve levar em conta o envolvimento que você tem com aquele tema, pois ele passará a fazer parte da sua rotina.

Um pesquisador deve ter, por exemplo, um forte apreço pela rotina de estudos, além de lidar bem com trabalhos baseados em metodologias bastante específicas.

O gosto pela escrita também é um diferencial, já que os trabalhos desenvolvidos precisam ser periodicamente publicados.

Entretanto, essa é uma habilidade que se desenvolve com o tempo — e pode ser muito gratificante ver uma publicação sendo bem recebida.

Contudo, é também um trabalho de caráter mais solitário. Ainda que certas áreas envolvam o compartilhamento de um laboratório e a própria pesquisa em conjunto, a maioria das tarefas de rotina envolve um planejamento e objetivos bem individuais.

Nesse sentido, é importante ser disciplinado e gerenciar bem o próprio tempo.

No caso de uma especialização — ou mesmo uma pós voltada ao mercado —, o cuidado deve ser redobrado no que diz respeito à escolha do tema.

Ainda que a formação seja mais rápida que um doutorado e traga um bom aumento de salário, mudar de área pode ser mais difícil depois que você já se tornou uma peça tão fundamental para a empresa.

Somado a isso, lembre-se de checar a reputação da instituição de Ensino Superior, como são as notas dela no Enade e a grade curricular proposta de cada curso.

O nome da faculdade vem gravado no seu currículo (e também em seu diploma) e, em muitos casos, esse é um diferencial enorme no processo de seleção para uma vaga.

Neste post, mostramos que existe sim diferença entre pós-graduação e especialização. Embora esses termos sejam comumente utilizados como sinônimos, uma especialização é, em qualquer situação, uma pós-graduação, mas o contrário nem sempre é verdadeiro.

No entanto, o mais importante para o profissional é ter em mente os seus objetivos na carreira para escolher o tipo mais apropriado para seu futuro.

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8 Comentários

  1. Jorge disse:

    Parabéns pelo artigo! Quer dizer que se eu me formo em história, licenciatura, e, em seguida, faço um bacharel em administração, quer dizer que sou professor de história com pós em administração. Muito inteligente você.

  2. Elen disse:

    possuo pós em Educação Inclusiva,posso dizer que sou especialistaou teria que fazer um curso de especialização?

  3. Luiz lana disse:

    Se você possui uma Pós você é especialista, o curso de especialização é a pós graduação.

  4. Lara Cristina Stoppa Vaz disse:

    Olá, bom dia!
    Muito obrigada pelo seu POST, bastante esclarecedor.
    Mas ainda tenho uma dúvida. As especializações são oferecidas por universidades (faculdades) ou não necessariamente? Podem ser oferecidas por instituições que não são universitárias?
    No meu caso, estou terminando a graduação em psicologia e preciso escolher uma abordagem. Procurei uma pós em Gestalt Terapia, num Instituto que oferece uma formação nesta área. Perguntei a eles se o curso se trata de uma especialização e responderam que não, que se trata de um curso de formação, mas tem 360 horas. Aí fiquei em dúvida, por que tem que se chamar curso de formação e não especialização, já que tem 360 horas?
    Consegue me ajudar?

    • Redação Impacta disse:

      Olá, Lara! Ficamos muito felizes em saber que nosso artigo foi útil para você. Sobre a sua dúvida, precisaríamos entender melhor o curso. Talvez a informação de ser um “formação” e não especialização tenha relação com o reconhecimento do curso no MEC.

  5. Jeniffer Carvalho disse:

    Gostei muito de ler o post, esclareceu muito minhas dúvidas entre a pós-graduação e especialização. Sou estudante de Biomedicina e já tenho em mente o que estudar no meu futuro.

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