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15 termos de designers que você deve conhecer!

Designers são repletos de termos não comuns entre leigos, que ouvem pela primeira vez, e ficam sem entender nada, necessitando um certo conhecimento.(...)

Autor: Redação Impacta

Ainda que o designer seja conhecido por seu orgulho ao afirmar ser um profissional “orientado ao visual”, e com todo direito, é bom ressaltar que esse grupo é bastante afinado no que tangem as palavras. Isto é, pelo menos as palavras-chave que fazem parte de seu dia a dia no universo da criação.

Esse trato especial com expressões do ramo, mesmo que pareçam comuns, é essencial, por exemplo, para descrever um trabalho em processo de construção para um cliente. Separamos 15 expressões de designers – algumas com variações em inglês, porém com o mesmo sentido conceitual – que todo artista gráfico deve ter em seu vocabulário. 

      1- Contorno (Contour Drawing)

Basicamente um sinônimo, nesse caso, de traçado e esboço, mas com uma pequena diferença em seu significado na produção gráfica. Enquanto traçado normalmente se refere aos limites entre um objeto desenhado e o ambiente ao seu redor, contornar tem mais a ver com as formas sobre uma superfície tridimensional que um artista consegue reproduzir. Por exemplo, os “contornos” de um rosto, emulados para dar profundidade ao rosto em questão.

      2 – Curvilíneo

Onde um leigo diz “encurvado”, “arqueado” ou até mesmo o mais informal “curvo”, o artista põe o termo curvilíneo – uma referência à forma moldada sob uma curva ao invés de linhas retas. Essa forma não apresenta ângulos. O oposto disto, uma forma composta por linhas retas paralelas e perpendiculares, é retilíneo.

      3 – Justificado (Flush)

Não como no conceito de “justificação”, que permite que você acredite em algo. Em design, justificado se refere a textos perfeitamente alinhados à margem de uma página ou objeto, podendo ser “justificado à direita” – com o texto do lado esquerdo desalinhado -, “justificado à esquerda” – exatamente o contrário -, ou simplesmente “justificado”, sendo alinhado de uma margem a outra com espaços harmônicos entre as palavras. Sendo um termo para alinhamento, é indispensável para designers de publicações editoriais, design de embalagem ou quaisquer coisas que envolvam tiragem gráfica e cópia, mas também usabilidade no que tange a meios digitais.

      4 – Gestalt

Praticamente uma palavra de ordem do ramo, Gestalt – que pode ser traduzido do alemão como “forma” ou “aspecto” – é um termo de psicologia que se refere ao senso, ao entendimento de alguém sobre a forma geral de alguma coisa, que de alguma forma existe como algo que é mais do que a soma de suas partes. É comum dizer a respeito de um design conceitual “Tenho um Gestalt em mente, mas ainda não trabalhei nos detalhes.”

      5 – Kerning

Se Gestalt é a palavra-chave da imagética, Kerning é a ordem para os amantes da tipografia. Refere-se aos espaços entre letras, ou caracteres, em uma linha de texto ou logotipo. Na grande maioria das famílias tipográficas, cada letra é “moldada” – através de Kerning – de modo que se encaixem de forma atraente e legível.

As fontes mono-espaçadas, no entanto, mantém um espaçamento padrão entre cada um dos tipos. O Kerning é essencial na construção de logotipos e diagramação de notícias, por exemplo, onde muitas vezes se faz necessária uma edição dos caracteres para criar harmonia entre título e texto corrido.

      6 – Monocromático

É quase senso comum – e completamente errado – as pessoas acreditarem que monocromático significa “preto e branco”. Na verdade, o termo apropriado de design é “escala de tons de cinza”. Monocromático significa, como sugere o radical -mono, “uma cor”, podendo ser qualquer tom.

O extremo oposto de monocromático é policromático, ou o menos utilizado variegado (termo de botânica), cujo significado implica em uma variedade de cores presentes. Quando necessário, opte por utilizar o primeiro termo pra ninguém te confundir com um especialista em plantas e sua coloração.

      7 – Motivo (Motif)

Essa palavra é tão importante que prevalece em todas as formas de arte. Existem motivos musicais, motivos literários e, dentro de nosso tema, motivos de design. Em cada um dos casos, o termo se refere a um elemento importante e constantemente presente, principalmente em artes visuais e decoração. Padrões ornamentais normalmente contém um tipo de motivo, como um arranjo espiral ou floral, que aparece repetidamente em intervalos.

Pegando uma expressão do mundo da música emprestada, pode se dizer que esses padrões dão e mantém o ritmo de uma peça de arte. Um motivo pode ser um elemento da iconografia de um tema em particular apresentado em outros trabalhos, como um papel de parede com detalhes de uma marca, como visto em aplicação de identidade visual, por exemplo. 

      8 – Sóbrio (Muted)

Sóbrio, além de seu uso mais conhecido, também é sinônimo de moderado, contido, comedido. Seu uso em design tem justamente essa conotação, sendo usado para se referir à cores que foram de alguma forma suavizadas ou “desbotadas”. Sendo mais técnico, cores sóbrias tiveram seu brilho diminuído, normalmente graças à adição de cores complementares ou tons de cinza. O oposto de sóbrio seria brilhante, vívido ou vibrante. Enquanto o uso de cores vibrantes próximas umas das outras gera um contraste alto, o de cores sóbrias faz exatamente o contrário. 

     9 – Espaços Negativos 

Espaço negativo, em referência ao espaço vazio entre os objetos em um design, é certamente um conceito de destaque entre designers. Alguns usam o espaço negativo para criar mensagens “secretas”, como a seta apontando para a direita entre o “E” e o “X” na marca da FedEx. Mesmo quando não usado para sacadas inteligentes, a quantidade de espaço negativo em um layout é importante para harmonia e proporção da peça final.

      10 – Radial

O radical –raio (como em “raio de um círculo”) dá um dica do que esse termo significa: linhas irradiando de um centro em comum.  O padrão de raios de sol é um motivo comumente utilizado em layouts com estilo retrô e tem a vantagem de não precisar seguir uma linha reta, como nos efeitos de lens flare (aquele reflexo de luz que aparece na lente de câmeras).

Muitos desses termos não estão realmente no léxico diário dos designers, mas certamente o conhecimento do conceito por trás de cada um é indispensável para o sucesso dos trabalhos desses profissionais.

      11- Esqueumorfos (Skeuomorphic)

Fique tranquilo, muito provavelmente ninguém sabia da existência dessa palavra antes dos acalorados debates sobre UX e design flat x esqueumorfo do ano passado. Ao contrário dos layouts que usam o design flat, o design esqueumorfo tenta simular uma aparência 3D nos objetos presentes em um layout digital através do uso de efeitos como profundidade, gradientes de cor (degradê) e sombreamento.

      12 – Design Estruturado (Structured)

Esse termo é usado para descrever designs extremamente geométricos, normalmente baseados em linhas retas, proporções padronizadas e simetria. O oposto desse modelo é o design amorfo – literalmente “sem forma”, sem a conotação negativa de seu sentido literal.

      13 – Tangente

Como aprendemos nas aulas de geometria, paralelas são linhas que nunca se cruzam, perpendiculares são as linhas que se cruzam, e linhas tangentes são as que tocam um único ponto de uma curva sem cruzá-la. Uma vez familiarizado com a palavra, fica mais fácil enxergar tangentes em todo lugar, orientando muito dos trabalhos de design gráfico.

      14 – Terciárias

Em design, esse termo é usado para se referir ao terceiro nível do Círculo de Wundt, o círculo das cores, onde Vermelho, Amarelo e Azul são cores primárias, ou seja, não podem ser criadas através da mistura de nenhuma outra cor, e Verde, Lilás e Laranja são cores secundárias – resultado da combinação de duas cores primárias. As cores terciárias, como verde-limão, amarelo alaranjado e roxo são resultado da combinação de cores secundárias. Todas essas cores têm as suas complementares, que são o seu extremo oposto no Círculo.

      15 – Translúcido

Enquanto uma superfície transparente – como uma janela – permite que tanto luz quanto imagem passem através dele e uma superfície opaca – como uma pedaço de madeira – não permite nenhum dos dois, uma superfície translúcida – como um vidro congelado – permite luz mas imagens não definidas, somente. Esse termo nem sempre foi parte do vocabulário principal do designer, mas agora que o iOS 7 passou a usar esse tipo de design, tenha certeza que seu uso será bem mais frequente.

Por mais que alguns desses termos não sejam usados literalmente, na prática de design todos se aplicam diariamente, e conhecê-los é muito importante se deseja se aventurar pelo mundo das artes gráficas. 

O que achou dessa série? Compartilhe conosco sua opinião e fale os termos que você usa no seu dia a dia profissional.

4 Comentários

  1. André Ribeiro disse:

    Parabéns pelo artigo, fico na expectativa da continuação!

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